Quando pensamos sobre crescimento de carreira, os termos hard skills e soft skills são bastante populares, já que fazem referência a uma série de habilidades técnicas e emocionais importantes para que possamos chamar a atenção de recrutadores ou alcançar patamares cada vez maiores dentro da empresa onde estamos.
Contudo, nos últimos meses, um novo conceito vem ganhando popularidade, sobretudo após a pandemia da COVID-19: o de “mad skills”. Você já ouviu falar sobre ele?
O que são as mad skills?
Também conhecidas como “habilidades incríveis”, são qualidades que vão além do âmbito profissional e são desenvolvidas por meio de hobbies, como esportes ou artes, ou até mesmo experiências significativas, como uma viagem impactante.
Essas capacidades, além de indicar um importante equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, podem ser extremamente relevantes no dia a dia de uma organização, quando o pensamento criativo, a comunicação eficaz e a resiliência, por exemplo, são essenciais para propor novas soluções e superar momentos de crise.
Vale pontuar que essas iniciativas são frutos de escolhas individuais e espontâneas. Ou seja: não foram impostas e não são cobradas por uma corporação em específico, mas sim são movidas pela paixão e pelo interesse dos próprios praticantes.
Seguindo essa lógica, uma pessoa que faz parte de um grupo de teatro apenas por paixão, provavelmente, tem uma boa oratória e consegue se apresentar com qualidade. Da mesma forma, alguém que passou um tempo morando fora ou tirou um ano sabático tem mais chances de saber pensar fora da caixa e assumir riscos calculados.
Quais hobbies e experiências são mais valorizados no mercado?
De forma geral, qualquer atividade que você faça no seu tempo livre simplesmente porque gosta e que contribua com o seu crescimento como pessoa pode ganhar relevância no seu currículo. Isso porque, se pensarmos a fundo, todas elas ajudam no ganho de bem-estar mental, produtividade, criatividade e até mesmo sociabilidade (no caso, por exemplo, daquelas que são realizadas em grupo).
Os hobbies e as experiências mais comuns de serem cultivados são:
– Leitura: ajuda na criação de um vocabulário amplo e na comunicação escrita;
– Escrita terapêutica: potencializa o autoconhecimento, sobretudo na distinção de pontos fortes, fraquezas e motivações;
– Esportes: desenvolvem disciplina, consistência e determinação;
– Viagens para o exterior: contribuem com a criatividade e a facilidade de sair da zona de conforto e explorar novas possibilidades sem medo;
– Fotografia: auxilia os praticantes a ter um olhar sensível e apurado para aquilo que está ao redor; e
– Artesanato: é bastante relevante, principalmente, para cargos que requerem concentração, foco, autocontrole e improviso.
Assim, diferentemente das hard e soft skills, que, normalmente, são exigidas pelas organizações, as mad skills devem ser uma consequência natural de atitudes que a gente faz visando ao nosso autocuidado no dia a dia.
E aí, você sabe quais são as suas?