Solitude e solidão: aprenda a diferenciar essas duas palavras!

Solitude e solidão: aprenda a diferenciar essas duas palavras!

  • 5 agosto, 2021
  • Katia Silene

Com a chegada da pandemia da COVID-19 no mundo, palavras como “isolamento” e “distanciamento” se tornaram bastante populares, assim como aquela que faz parte da discussão deste artigo: “solidão”.

Apesar do que alguns possam pensar, ela possui um significado bem diferente de “solitude”, termo que também está conquistando cada vez mais espaço por trazer um novo olhar sobre o ato de estar sozinho(a) de forma voluntária e se sentir bem com isso.

Está confuso(a)? Então vem comigo que eu vou explicar melhor a diferença entre essas duas palavras:

Mas afinal, o que significa “solitude”?

Originária do latim, de forma simples e resumida, solitude significa escolher ficar sozinho(a) e se sentir feliz com essa escolha. É algo feito de forma deliberada, livre e positiva, e, por isso, não causa impactos negativos. Exemplos: quando você decide viajar sozinho(a), ir ao cinema desacompanhado(a) e passear em algum lugar apenas curtindo a própria companhia.

Esse estado pode ser extremamente benéfico para a saúde mental, uma vez que permite a contemplação, garante espaço para o pensamento criativo aflorar, oferece um excelente momento de descanso e dá a oportunidade de realizar mergulhos importantes no próprio autoconhecimento.

Dessa forma, a solitude é quase que um estado de silêncio meditativo – lembrando que ficar um tempo quieto, sem estar constantemente se colocando no barulho do mundo e das suas milhões de informações, é essencial para o bem-estar tanto do corpo quanto da mente.

As pessoas introspectivas são aquelas que mais se beneficiam desse momento de estar apenas na própria companhia, já que sentem que é assim que conseguem de fato recuperar as suas energias. O que não significa, claro, que os extrovertidos também não possam encontrar muitas vantagens em estarem sozinhos de vez em quando.

Então, como podemos definir a “solidão”?

Como expliquei, existem muitas pessoas que gostam e até preferem ficar sozinhas. Contudo, quando esse isolamento não é feito de forma voluntária – como o que aconteceu durante a pandemia da COVID-19 -, isso pode ser extremamente nocivo à saúde.

Assim, a solidão é considerada um estado solitário que não traz consigo a escolha. Ela é algo imposto a alguém que não optou por estar naquela situação, causando um sofrimento psíquico muito grande.

Inclusive, cientistas e pesquisadores do assunto já concluíram que estar sozinho sem ter escolhido pode piorar o sistema imunológico, elevar os níveis de cortisol e, com isso, os de estresse, e causar até mesmo problemas para dormir, o que, por sua vez, acarreta em muitas outras condições negativas para o no nosso corpo e nossa mente.

A chave, como sempre, é buscar o equilíbrio

Se estar sozinho de forma voluntária é algo que pode nos fazer muito bem, é igualmente importante buscar escapes do sofrimento causado pela sensação de solidão, ou seja, que se está isolado do mundo, sem ter com quem contar nos momentos difíceis.

Por isso, a saída é fazer as pazes com a sua solitude e evitar a solidão. Ou seja: saber estar bem consigo mesmo, aproveitando atividades que você gosta, cultivando pensamentos construtivos, fazendo da sua mente um lugar de paz e fortalecendo seu próprio conhecimento. Ao mesmo tempo, manter uma vida social saudável (ainda que de forma on-line), com relacionamentos construtivos e que façam você se sentir confortado e fortalecido.

Lembre-se: as boas companhias, tanto a sua quanto as dos outros, são o que fazem você ter uma vida muito melhor. E a terapia pode ajudar você a identificá-las e cultivá-las!

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