A necessidade de ficar na própria companhia é algo totalmente natural e até mesmo saudável, já que todos nós precisamos de um tempo para recuperar as energias e organizar os pensamentos. Esse momento é importante até mesmo para fortalecer o nosso autoconhecimento e diminuir a nossa dependência emocional dos outros.
O problema é quando uma pessoa decide se isolar repetidamente e por longos períodos de amigos e familiares, vivendo de forma quase reclusa. Esse pode ser, inclusive, um sintoma de alguns transtornos mentais, como a depressão. Vou falar mais sobre isso a seguir.
Quais são as consequências do isolamento frequente e voluntário?
Antes de tudo, é importante entender que os humanos são seres sociáveis. Ou seja: nós precisamos do contato uns com os outros para vivermos com qualidade e equilíbrio.
Isso significa que o isolamento frequente pode gerar uma série de impactos para a nossa saúde mental, incluindo aumento do estresse e da ansiedade, enfraquecimento de relacionamentos importantes, desconexão emocional e sentimentos constantes de tristeza, irritabilidade e desesperança.
Essa situação também pode afetar nosso bem-estar físico, gerando ganho de peso, dificuldade para dormir e dores no corpo, além de aumentar o risco de doenças crônicas, como condições cardíacas e diabetes.
Outros efeitos que podem ser citados são a perda de habilidades sociais e de comunicação, tornando a pessoa mais tímida, desconfiada e incapaz de se relacionar com outras de forma eficaz. Essas consequências, por sua vez, impactam diretamente a capacidade de trabalhar e ganhar dinheiro por conta própria.
Acho que deu para perceber como o afastamento da convivência, se não for por algum objetivo maior (como questões religiosas), pode ser extremamente maléfico para nós em diversos aspectos, não é mesmo?
Tenho vontade de me isolar constantemente, o que eu faço?
Se você anda sentindo uma dificuldade muito grande de se relacionar com os outros, preferindo passar períodos longos apenas na própria companhia, este é um importante sinal de alerta.
Como citei no começo do artigo, o isolamento pode ser um sintoma de alguns transtornos mentais, incluindo a depressão e a ansiedade generalizada. Ainda que você não receba esses diagnósticos, a vontade de ficar apenas sozinho(a) não é normal e deve ser investigada por um profissional de confiança.
Para além de fazer terapia e entender quais motivos podem estar gerando esse afastamento, vale a pena desabafar com pessoas de confiança e pedir para que elas ajudem você a passar dessa fase difícil, incentivando a sair mais de casa e fazer atividades diferentes.
Com todo esse apoio, a tendência é que você consiga equilibrar melhor seus momentos de solitude com aqueles nos quais vai aproveitar a companhia de familiares e amigos. Lembre-se: você não está sozinho(a)!