A capacidade de se colocar no lugar do outro, sentindo as dores e as alegrias do próximo como se fossem suas, é uma habilidade muito importante para a construção de relacionamentos fortes, saudáveis e duradouros. É a famosa empatia, uma palavra tão linda que, quando praticada, tem a capacidade de melhorar muitas situações e atrair mais pessoas para o seu ciclo afetivo.
Mas você sabia que ser empático ao extremo pode ser bastante prejudicial para a nossa saúde mental? Assim como tudo nesta vida, o exagero não é nada benéfico e eu vou explicar por quê!
O que é uma “esponja emocional”?
Trata-se de alguém que tem facilidade em entender as emoções alheias, sejam elas positivas, sejam negativas, contudo, também acaba sentindo todas elas com muita intensidade, atrapalhando seu equilíbrio emocional. Ou seja: ele ou ela absorve tudo o que o outro está passando sem nenhum tipo de filtro e de tal forma que acaba entrando em uma montanha-russa de sentimentos, da qual não tem controle, já que se deixa afetar com muita facilidade.
As principais características de pessoas que são esponjas emocionais são:
– Possuem sensibilidade e intuição bastante afloradas;
– Têm um desejo de ajudar todo mundo (tanto que acabam se esquecendo das próprias necessidades);
– São comumente vistas como boas ouvintes;
– Possuem um sentimento de responsabilidade pelas emoções dos outros;
– Ficam facilmente magoadas;
– Enfrentam dificuldade para racionalizar emoções;
– Atraem pessoas tóxicas.
E quais são as consequências de ter essa empatia ao extremo?
Além de viver com a saúde mental em desequilíbrio, conforme apontei no tópico anterior, indivíduos que sofrem com essa condição podem apresentar alta irritabilidade, sonolência excessiva, sensação de estarem sempre cansados ou sobrecarregados e estresse crônico.
Não poderia ser diferente, uma vez que acabam deixando de lado suas demandas internas e seus problemas para cuidar dos outros, já que não suportam ver quem amam sofrendo ou passando por situações difíceis. Assim, possuem maior tendência em “sugar” a dor, as preocupações, a tristeza, o desânimo e o medo que não são seus, juntando ou somando com outros sentimentos próprios e gerando uma grande pressão interna.
É possível deixar de ser uma esponja emocional?
A resposta é sim, e o primeiro passo é avaliar se você é essa pessoa que está sempre disponível para os outros e acaba deixando seu próprio bem-estar de lado em prol dos sentimentos alheios.
Em seguida, alguns caminhos possíveis para evitar que esse tipo de situação continue acontecendo são: passar mais tempo com gente positiva, que levanta o seu astral e colabora com o seu crescimento; procurar se afastar dos relacionamentos tóxicos, que sempre demandam muita atenção e não oferecem nada de positivo em troca; lembrar sempre que cada um é responsável pela sua própria vida, e que ser empático(a) significa ajudar quando possível, mas não assumir o controle pelo outro; e aprender a estabelecer limites, dizendo “não” quando achar que deve e mostrando que você também precisa de tempo para cuidar de si mesmo(a).
Por fim, se possível, busque orientação de um profissional da psicologia, que o(a) ajudará a entender de onde vem a sua tendência a praticar a empatia ao extremo e como pode fazer para reduzi-la até os níveis considerados saudáveis para a sua mente. Aliás, essa é a principal ferramenta para que você deixe de ser uma esponja emocional.
Estou à disposição!