Quando uma pessoa vivencia um evento traumático e começa a apresentar mudanças importantes de comportamento nos meses que se seguem a esse fato, é preciso muita atenção, pois ela pode estar sofrendo com o chamado Transtorno de Estresse Agudo (TEA).
Trata-se de uma condição na qual, durante um certo período, o indivíduo em questão tem recordações invasivas sobre um acontecimento ameaçador, extremo ou estressante, apresentando sintomas como boca seca, contração muscular, taquicardia, mudanças de pressão arterial, medo, angústia, insegurança, tristeza e até sensação de morte.
Ou seja: o transtorno faz com que se reviva mentalmente o trauma sofrido, gerando uma tendência a se evitar tudo aquilo que possa trazê-lo à tona, o que pode afetar seriamente a autonomia e, consequentemente, o bem-estar mental.
Qual a diferença entre o Transtorno de Estresse Agudo e o Transtorno de Estresse Pós-Traumático?
O principal ponto de diferenciação entre esses dois transtornos é a sua duração.
No caso do TEA, ele pode persistir por até um mês. Depois desse tempo, o indivíduo, normalmente, é diagnosticado com o Transtorno de Estresse Pós-Traumático, que é um distúrbio de ansiedade caracterizado por alterações físicas, psíquicas e emocionais que aparecem após atos violentos e/ou situações traumáticas.
Em ambos os casos, o portador recorda tudo o que aconteceu como se estivesse experienciando o evento naquele mesmo momento, com as sensações de sofrimento e dor que teve no passado. Assim, vive em um estado permanente de alerta, afetando o seu funcionamento diário e até o seu relacionamento com amigos e familiares.
Como é o tratamento do TEA?
Uma vez que essa condição seja corretamente diagnosticada, é essencial que a pessoa receba apoio especializado para que possa superá-la da melhor forma.
Em casos mais graves, medicamentos podem ser receitados para aliviar os sintomas de ansiedade e ajudar no sono à noite. Contudo, em uma grande parte dos casos, é possível realizar o tratamento por meio de cuidados pessoais e, claro, processo terapêutico.
As orientações mais importantes são:
– Manter hábitos saudáveis para o corpo, como alimentação equilibrada e a prática de exercícios físicos;
– Evitar o consumo de substâncias com efeito intoxicante ou sedativo;
– Construir uma rotina com horário para dormir, acordar e fazer as atividades profissionais, o que traz segurança e consistência;
– Apostar em hobbies construtivos e que ajudem a distrair a mente, como ler, cozinhar, pintar e realizar atividades manuais;
– Praticar a atenção plena, com alongamentos e exercícios de respiração; e
– Realizar o acompanhamento com um psicólogo de confiança, que consiga explorar com cuidado as causas do transtorno e trabalhar a sua cura com o paciente.
Lembre-se de que o processo de melhora é muito individual, sem tempo certo para que ele seja concluído por completo.