A raiva é, com certeza, um dos sentimentos mais difíceis de se conviver. Afinal, ela possui uma característica dominadora e que nos estimula a ter atitudes que normalmente não faríamos e das quais provavelmente nos arrependeríamos no futuro.
Isso quando ela não nos assusta com a intensidade com a qual pode aparecer, principalmente quando é desencadeada por situações que ainda não foram elaboradas de uma forma madura pela nossa cabeça.
Mas a verdade é que é possível, sim, aprender a lidar com essa palavra de uma forma mais saudável, evitando que ela prejudique nosso bem-estar e relacionamento com outras pessoas. Vamos conversar mais sobre isso?
Assim como todos os sentimentos, a raiva tem um papel importante
Normalmente, o pensamento raivoso é desencadeado por frustrações – ou seja, quando não conseguimos algo que queríamos –, acontecimentos estressantes, como uma discussão com um familiar, e situações injustas, por exemplo, quando um colega no trabalho leva o crédito por algo que nós realizamos.
Ainda que tenha uma conotação principalmente negativa, esse tipo de atitude também possui um lado importante: o de nos mostrar o que já não nos cabe mais e como estão os nossos limites, além de ser um catalizador para mudanças importantes na nossa vida.
Dessa forma, quando bem administrada, a raiva nos desperta, permitindo que a gente saia da inércia e corra atrás daquilo que queremos que seja diferente. É o oposto, por exemplo, da angústia, que nos incentiva a ficarmos cada vez mais introspectivos e sem vontade de promover transformações para que possamos nos sentir melhor.
Como conviver com a raiva usando a nossa inteligência emocional?
É verdade que, em alguns momentos, esse sentimento pode parecer muito difícil de ser domado, principalmente quando nos acostumamos a ter reações desproporcionais a situações corriqueiras porque assumimos que jamais conseguiremos agir de outro jeito.
Contudo, com uma boa dose de autoconhecimento, a raiva pode se tornar uma companheira mais pacífica, exercendo a função que eu citei no tópico anterior sem causar tantas consequências negativas.
Para isso, é preciso:
- Entender quais pessoas e situações têm o maior potencial de despertar atitudes raivosas da sua parte de forma que você possa atuar de modo preventivo, preparando a sua cabeça para passar por determinados momentos;
- Aprender técnicas de respiração que ajudem a desacelerar o seu ritmo cardíaco e fazer sua mente entender que não é necessário ativar o modo de ataque;
- Usar mantras que contribuam para que você mantenha a cabeça lúcida em momentos desafiadores, como “calma, está tudo bem” e “eu tenho controle sobre as minhas emoções”;
- Praticar exercícios físicos, que são excelentes reguladores de emoções, já que ajudam a liberar hormônios do bem-estar e nos permitem manter o bom humor por mais tempo;
- Entender como você pode expressar a sua frustração sem ações explosivas e agressivas, por exemplo, conversando com pessoas em quem você confia, gravando um desabafo no seu celular ou mesmo escrevendo o que está sentindo em um caderno.
Em caso de dificuldades, não hesite em buscar ajuda de um psicólogo. Esse profissional poderá não só ajudar você a entender de onde vem a sua raiva, mas também descobrir os caminhos possíveis para aceitá-la com mais gentileza e compreensão.
Meus contatos: (19)99641-5552 | (22) 98847-4715.