Como superar o medo do abandono?

Como superar o medo do abandono?

  • 6 fevereiro, 2025
  • Katia Silene

Você sente uma apreensão constante de ser deixado(a) de lado pelas pessoas que ama? Ou não consegue ficar sem companhia por longos períodos por achar que vai ficar sozinho(a) para sempre?

O medo do abandono é um sentimento que, em maior ou menor grau, pode afetar consideravelmente a vida de quem convive com ele, gerando uma dependência nada saudável de amigos e familiares, e uma dificuldade constante em se conquistar mais autonomia.

Vamos explorar essa questão mais de perto neste artigo.

De onde vem o medo do abandono?

Na grande maioria dos casos, esse tipo de problema está relacionado com três fatores principais. São eles:

– Experiências na infância, ou seja, traumas relacionados à perda (como divórcio dos pais ou morte de alguém próximo) e/ou negligência emocional ou física, fazendo a criança sentir que não é importante ou amada por ninguém;

– Relacionamentos difíceis, já que traições ou rompimentos traumáticos em relações amorosas podem deixar marcas profundas, assim como abusos emocionais, que geram inseguranças diversas e baixa autoestima; e

– Fatores psicológicos, uma vez que pessoas com Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) ou Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) têm maior probabilidade de desenvolver esse sentimento.

O que não significa, claro, que o medo do abandono não possa aparecer por outras causas igualmente relevantes, que normalmente são investigadas mais a fundo em processos terapêuticos para que seja possível tratar esse receio de uma forma mais completa. Mas vou falar mais sobre isso a seguir.

É possível superar o medo do abandono?

Assim como qualquer outra limitação relacionada ao nosso bem-estar mental, é possível, sim, apostar em algumas ferramentas para suavizar o seu impacto e construir uma vida mais equilibrada.

No caso desse sentimento em específico, alguns recursos interessantes para superá-lo são:

– Fortalecimento do autoconhecimento e da autoestima, trabalhando para conseguir reconhecer seu próprio valor, independentemente das relações, e trabalhando a autocompaixão;

– Construção de vínculos saudáveis, buscando relacionamentos baseados em confiança, respeito e comunicação aberta, e estabelecendo limites claros para evitar situações de dependência;

– Exercícios de regulação emocional, como práticas de mindfulness e meditação, que ajudam a reduzir a ansiedade e processar melhor as emoções;

– Aprender a lidar com as rejeições, uma vez que nem todo afastamento é culpa sua e é essencial saber reinterpretar os rompimentos como oportunidades para crescer; e

– Apostar no acompanhamento profissional com um psicólogo especializado: o melhor caminho para se compreender de onde vêm algumas emoções e como é possível conviver com elas de uma forma mais leve e madura.

Lembre-se sempre: um sentimento não precisa definir quem você é.

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