Bullying: como identificar e ajudar uma criança ou um adolescente que está sofrendo com esse problema

Bullying: como identificar e ajudar uma criança ou um adolescente que está sofrendo com esse problema

  • 19 outubro, 2023
  • Katia Silene

Ainda que seja um termo de origem inglesa, o bullying (que vem de “bully”, “valentão”) se tornou um assunto bastante comum de ser debatido nas escolas brasileiras. Não é por menos: segundo o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, de 2015, um em cada dez estudantes no país é vítima desse problema.

É verdade que, nos últimos anos, as constantes discussões sobre essa prática contribuíram para que ela fosse mais bem identificada e combatida pelos pais e professores. Mas isso não significa que seja uma questão totalmente resolvida. Pelo contrário: ainda existem muitos jovens que são vítimas de agressores, sobretudo no ambiente escolar.

Vamos falar mais sobre isso a seguir.

O que é exatamente o bullying?

Estamos falando de toda atitude, constante e sistemática, de violência psicológica e física, praticada de maneira intencional por uma pessoa ou por um grupo contra um determinado indivíduo com o objetivo de machucá-lo.

Diferentemente do que muitos possam pensar, o bullying não é exclusivo nas escolas e instituições de ensino, e também acontece em ambientes familiares, no clube e em diversas atividades que envolvam contatos interpessoais.

De forma geral, os praticantes são crianças ou adolescentes que buscam aceitação social e/ou fazem prevalecer a sua vontade e o seu poder. Normalmente, possuem dificuldade em sentir empatia, sobretudo devido a um histórico familiar mais complicado ou desestruturado.

Por sua vez, as vítimas costumam ser pessoas novas no grupo, extremamente tímidas, com traços físicos fora do padrão, dificuldades psicológicas e/ou estudiosas e inteligentes (o que provoca inveja nos demais).

Como identificar um jovem que está sofrendo bullying?

Existem diversos indicadores que podem evidenciar que uma criança ou um adolescente está sendo alvo de violências.

Entre eles, podemos citar: desinteresse pelos estudos e queda de notas; machucados e hematomas constantes; isolamento dos amigos; material escolar e uniforme deteriorados; tristeza e choro sem motivo aparente; baixa autoestima; irritabilidade; transtornos alimentares; medos irreais; e dores de cabeça ou de barriga constantes, principalmente como desculpa para faltar à aula.

É importante acompanhar esses sintomas de perto, já que alguns jovens tentam escondê-los para provar para os pais que está tudo bem, pois não querem preocupá-los.

E como ajudar quem está sendo vítima de bullying?

Um primeiro passo bastante importante que pode ser realizado pelos pais é conversar com o(a) filho(a) para entender exatamente o que está acontecendo e mostrar que ele ou ela não está sozinho(a) na luta contra esse problema.

Em seguida, vale a pena conversar com a escola sobre a situação para que a direção e os professores possam atuar em conjunto e evitar que ela continue acontecendo. Às vezes, por exemplo, pode ser necessário uma reunião com os responsáveis pelos agressores.

Outra medida essencial é procurar ajuda psicológica para as vítimas de forma que elas possam se sentir psicologicamente fortalecidas e consigam lidar com esses problemas de um jeito mais maduro, evitando que esses traumas as acompanhem para o resto da vida.

Sempre existem saídas, sobretudo quando se busca orientação especializada.

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