Comumente confundida com birras e teimosia, a ansiedade infantil é uma condição que está afetando cada vez mais crianças, sobretudo após a pandemia da COVID-19.
Como é na infância que uma grande parte da estrutura emocional dos indivíduos se constitui, é essencial que os pais estejam atentos a esse problema para que os pequenos recebam o apoio adequado. Confira, a seguir, as informações mais importantes sobre ele.
O que é a ansiedade infantil?
Antes de explicar esse conceito, vale ressaltar que a ansiedade é uma reação normal do nosso organismo quando enfrentamos situações de aparente perigo. Trata-se de um mecanismo de defesa que nos acompanha há bilhões de anos e que, quando é acionado de forma saudável, nos ajuda a estarmos atentos e nos prepararmos para passar por momentos importantes.
O transtorno aparece quando a pessoa passa a apresentar preocupações e medos exagerados que a impedem de fazer suas tarefas diárias com qualidade porque está sempre pensando sobre o futuro.
E as crianças, como vimos, também podem sofrer desse mal, mostrando grandes receios ao ir para a escola, fazer provas e se distanciarem dos pais por um período mais longo do que estão acostumadas, por exemplo, porque se sentem ameaçadas.
A predisposição genética é um dos fatores que contribuem para o desenvolvimento dessa condição, contudo, ele também pode ser fruto de acidentes e experiências traumáticas, baixa autoestima ou mesmo do local onde os pequenos moram.
Quais são os principais sintomas da ansiedade infantil?
Quando estão com a ansiedade descontrolada, as crianças podem apresentar uma série de sintomas, principalmente:
- Alterações de comportamento (isolamento social) e no apetite (comer demais ou de menos);
- Falta de ar e/ou sudorese;
- Dores de cabeça e/ou tonturas;
- Dificuldades para dormir e/ou pesadelos recorrentes;
- Baixo rendimento escolar;
- Dificuldade de aprender coisas novas e/ou ir para novas fases da vida, como trocar de ano na escola;
- Irritabilidade e mudanças bruscas de humor;
- Dificuldade de concentração.
Caso esses sinais estejam sendo recorrentes, é preciso buscar ajuda especializada o quanto antes para a realização do diagnóstico correto e indicação do melhor tratamento a ser feito.
Geralmente, os pequenos que sofrem com esse transtorno precisam ter um acompanhamento psicológico adequado, além de, se necessário, usar medicamentos apropriados. Com essas ferramentas, é possível garantir que eles cresçam com mais saúde e tranquilidade, lidando cada vez melhor com a sua ansiedade conforme o tempo passa.
Lembrando, claro, que a família tem uma atuação muito importante nesse processo, não só informando aos médicos e psicólogos sobre a evolução da criança, como criando uma rotina e ambientes tranquilos para que ela se sinta segura e amparada.
Além disso, durante as crises, é importante ajudá-la a se acalmar, porque dificilmente ela conseguirá fazer isso sozinha. Pergunte sobre o seu dia, de quais brincadeiras ela mais gosta e o que deseja comer de jantar, por exemplo. Também faça exercícios de respiração com calma e mostre que você ficará ali até que aquela sensação ruim melhore.
Sou especialista em atendimento infantil e estou à disposição em caso de dúvidas: (19) 99641-5553 / (22) 98847-4715.