Da mesma forma que o nosso corpo pode se acostumar a determinadas substâncias, como a nicotina, nossa mente pode se tornar dependente de certos padrões emocionais – muitas vezes negativos.
Isso acontece porque nosso cérebro libera substâncias químicas em resposta às emoções e, quando um determinado estado emocional se repete por muito tempo, ele pode se tornar um “hábito”, mesmo que seja prejudicial.
Vamos conversar melhor sobre isso?
De que forma os vícios emocionais podem se manifestar?
Reconhecer essas atitudes é o primeiro passo para lidar com elas de uma maneira mais saudável. Assim, de forma geral, os vícios emocionais se manifestam principalmente como:
– Autossabotagem, quando você sempre encontra uma maneira de dificultar seu próprio crescimento ou as suas conquistas, pois, no fundo, não se sente digno(a) delas;
– Vitimização constante, ou seja, quando você se sente uma vítima das circunstâncias externas, sem nunca buscar mudanças efetivas para mudar o que é preciso;
– Dependência do estresse, vivendo o tempo todo em estado de alerta porque acredita que a tranquilidade significa que algo está errado; e
– Padrões de relacionamentos tóxicos, buscando, inconscientemente, relações que reformem o sofrimento e a sensação de abandono.
Portanto, se você se identifica com um ou mais desses itens, talvez esteja na hora de acender o sinal de alerta e prestar mais atenção na forma como você está se relacionando com os outros e com as circunstâncias que a vida apresenta.
É possível tratar os vícios emocionais?
Na grande maioria das vezes, os vícios emocionais surgem como um mecanismo de defesa inconsciente. Isso porque o nosso cérebro busca manter o que é familiar, mesmo que isso signifique repetir padrões que trazem sofrimento.
Por isso, mudar não é apenas uma questão de vontade, mas de treino e paciência. Algumas ferramentas que podem contribuir com essa jornada são:
– Autoconsciência, observando com atenção seus comportamentos para identificar padrões repetitivos;
– Ressignificação emocional, trabalhando a forma como você interpreta e reage a eventos e emoções;
– Mudança de hábitos, substituindo respostas automáticas por escolhas mais saudáveis; e
– Psicoterapia, já que um acompanhamento profissional pode contribuir, e muito, para quebrar ciclos viciosos e criar formas de lidar com as emoções.
Além disso, é fundamental não se culpar por ter caído em vícios emocionais negativos. Esse tipo de situação pode acontecer com qualquer um e, ainda que o processo de transformação emocional exija tempo e paciência, os resultados trazem mais leveza, equilíbrio e bem-estar.
Um lembrete final para a nossa conversa: emoções fazem parte da nossa vida, mas não precisamos ser reféns delas. É possível reprogramar nossa mente para viver com mais equilíbrio e leveza.
Caso precise, conte com a ajuda de um(a) psicólogo(a) especializado(a). Não tenha medo de pedir ajuda!