Nos últimos anos, devido às facilidades proporcionadas pelas tecnologias de comunicação e transporte, a migração de indivíduos ao redor do mundo se tornou um fenômeno cada vez mais comum.
Todos os meses, milhares de pessoas deixam seus países de origem para se instalarem permanentemente em outros destinos, seja em busca de melhores condições de vida, seja para estarem mais perto de parentes, experimentarem novas culturas ou até mesmo por oportunidades profissionais interessantes.
Ainda que essas mudanças aconteçam por vontade própria, sem serem motivadas por conflitos e guerras, por exemplo, é muito comum que os migrantes enfrentem dificuldades iniciais de adaptação no lugar que agora chamam de casa.
Conseguir moradia e emprego, comunicar-se claramente em outra língua, aprender a se deslocar pela cidade com segurança, acostumar-se com uma culinária diferente e criar relacionamentos com novas pessoas (levando em consideração os choques culturais existentes e até mesmo alguns preconceitos que podem existir) são alguns desses desafios bastante comuns e que podem ter impactos consideráveis no bem-estar mental dessas pessoas.
Dentro desse contexto, a Psicologia possui um papel essencial. Neste artigo, vou abordar um pouco mais sobre esse assunto.
A relevância do acompanhamento psicológico para migrantes
Conforme vimos, a experiência de deslocamento e de adaptação em um novo país pode ser uma experiência rica, mas também altamente complexa para os indivíduos que escolheram construir uma nova vida em terras estrangeiras.
É muito comum, inclusive, que essas pessoas desenvolvam algumas questões relacionadas à saúde mental, como baixa autoestima crônica, depressão e ansiedade. Afinal, precisam superar obstáculos que não existiam anteriormente, que vão desde situações simples, como descobrir onde comprar os melhores ingredientes para cozinhar, até mais complexas, como combater possíveis preconceitos de colegas de trabalho.
É aqui que entra a importância de esses indivíduos contarem com acompanhamento psicológico. Ao ter a ajuda de um profissional especializado, de preferência do seu país de origem, o paciente consegue entender mais profundamente quais aspectos relacionados à sua mudança estão sendo mais desafiadores (como saudade de parentes ou sensação de inadequação no novo lar) e trabalhá-los nas sessões para aprender a lidar com eles da melhor forma possível.
Sem falar que os psicólogos podem oferecer um acolhimento sem julgamentos para essas pessoas, de forma que elas possam expressar aquilo que estão sentindo de forma livre e sem medo, e, assim, encontrar soluções mais facilmente para suas questões.
Inclusive, hoje em dia, a terapia on-line se tornou uma excelente ferramenta para que migrantes possam fazer suas sessões com profissionais que confiam, independentemente do lugar onde estão vivendo atualmente.
Se quiser, compartilhe este artigo com algum amigo ou familiar que você sinta que está precisando ler essas orientações.
