Atualmente, está cada vez mais popular entre as famílias um estilo de educação mais positivo e amoroso, baseado no diálogo, na compreensão, na empatia e no carinho muito mais do que em brigas e demonstrações de força.
Essa linha de pensamento de que os pequenos estão em desenvolvimento enquanto seres humanos e, portanto, exigem paciência dos mais velhos para que possam ter atitudes melhores está contribuindo para gerar crianças emocionalmente mais saudáveis e, consequentemente, adultos mais preparados para lidar com os desafios da vida.
Contudo, isso não significa que os mais jovens não precisem entender que suas ações possuem consequências – e nada melhor do que os pais ou responsáveis para ensinar isso a eles.
Por que os filhos precisam de limites?
Nenhuma criança chega ao mundo já sabendo como se relacionar com aquilo que a cerca. Ela vai entendendo essa dinâmica observando os mais velhos e seguindo os seus ensinamentos.
Portanto, ao impor limites saudáveis para os pequenos, mostrando que nem sempre eles podem fazer o que bem entendem, os pais promovem:
– Segurança e proteção, evitando que os mais jovens, por curiosidade, envolvam-se em atividades prejudiciais para o seu bem-estar, ensinando-os a reconhecer os perigos ao seu redor;
– Desenvolvimento de responsabilidade, algo fundamental para que possam ter maturidade suficiente para assumir os erros e aprender com eles;
– Ensino de valores e normas sociais, como empatia, cooperação e ética, evitando que as crianças se tornem indivíduos egocêntricos e permitindo que elas percebam que convivem em sociedade;
– Preparação para os desafios futuros, mostrando que eles precisam respeitar as regras da escola, da faculdade e do trabalho, e garantindo uma transição para a vida adulta menos “traumática”; e
– Construção de relacionamentos saudáveis, já que os pequenos começam a entender que os outros também possuem limites que precisam ser respeitados e que é possível resolver conflitos a partir de um diálogo construtivo.
Estamos, portanto, falando de um verdadeiro ato de amor pelos filhos, uma vez que possibilita que eles se desenvolvam de forma saudável e possam se tornar pessoas cuja companhia seja agradável.
Claro que esse é um desafio considerável, principalmente quando estamos lidando com crianças e adolescentes com personalidade mais questionadora. Contudo, quando você consegue se comunicar de forma calma e assertiva, ser consistente nas suas ordens, explicar o porquê de cada uma delas, e definir expectativas realistas para o quanto os pequenos conseguem aprender com determinada idade, esse processo se torna mais leve e com menos atritos.
Em caso de dificuldades mais sérias, não hesite em buscar orientação de um psicólogo especializado em desenvolvimento infantil.