Ainda que muitas pessoas usem os termos “medo” e “fobia” como sinônimos, na prática, eles simbolizam dois estados bastante distintos – sendo que o segundo traz sérias consequências para a nossa saúde mental, sendo essencial, na maior parte dos casos, o acompanhamento com um profissional especializado.
Neste artigo, trouxe as principais diferenças entre essas palavras para que possamos distinguir um sentimento comum de algo maior e mais impactante. Confira abaixo!
O que significa sentir medo?
Se você já assistiu ao filme “Divertidamente”, deve se lembrar de que uma das primeiras emoções que a personagem principal desenvolve é o medo. Ele é essencial para todo ser humano, pois evita a nossa exposição a situações de risco, garantindo a sobrevivência.
Ou seja: trata-se de um mecanismo de proteção que, quando funcionando de forma correta, não causa danos consideráveis para o nosso bem-estar.
O medo pode surgir de diferentes fontes: alimentado por um conhecimento prévio adquirido por meio de fontes externas (exemplo: medo de desastres naturais), oriundo de um trauma (exemplo: bater o carro) e até desenvolvido a partir da observação de terceiros (exemplo: uma criança que vê a mãe reagir com temor a um cachorro).
Qualquer que seja a sua origem, o fato é que essa emoção pode ser controlada para que não afete o nosso bem-estar. O problema acontece quando ela ganha proporções exageradas, dando origem à chamada fobia.
E o que significa ter uma fobia?
Por sua vez, as fobias são caracterizadas por um medo desproporcional e com poder de gerar prejuízos funcionais para a vida de alguém.
Assim, é comum que a pessoa sinta um grande pânico em determinados momentos, tendo uma reação exagerada até mesmo nos casos em que não há risco grave envolvido.
Esses transtornos podem ser classificados basicamente em três tipos:
– Agorafobia: relacionada a situações ou lugares dos quais é mais difícil de fugir, como shows e transportes públicos lotados;
– Fobia social ou Transtorno de Ansiedade Social: dificuldade de lidar com interações sociais com desconhecidos ou em lugares que coloquem o indivíduo em evidência, como falar em público, gerando um extremo desconforto e nervosismo; e
– Fobias específicas: medo de objetos ou situações específicas, como altura (acrofobia), avião (aerofobia), agulhas (aicmofobia) e lugares fechados (claustrofobia).
Como a fobia se desenvolve?
A verdade é que não existe um único fator responsável pelo aparecimento desse transtorno.
Ele pode estar relacionado com experiências traumáticas, aprendizado pela convivência ou transmissão cultural (exemplo: quando a pessoa cresce ouvindo que dirigir em grandes cidades é perigoso), e até mesmo ausência de tratamento para outras condições, como a ansiedade generalizada.
Independentemente da sua causa, o mais importante é que, uma vez que o indivíduo perceba a existência de uma fobia, ele busque suporte especializado o quanto antes.
A partir de um acompanhamento com um psicólogo e, se necessário, com um psiquiatra, é possível evitar que esse medo desproporcional prejudique a realização de atividades cotidianas, tornando-se mais controlável e menos aterrorizante.
Sempre existem caminhos para prevenir que seus pensamentos ditem as suas ações e impeçam que você tenha mais qualidade de vida!