Sabe aquela voz que fica no fundo da sua mente dizendo como você deve agir ou qual decisão deve tomar em diferentes momentos da vida – e que nem sempre dá para dizer de onde ela vem?

Popularmente conhecida como “intuição”, essa tendência que temos de seguir determinadas atitudes ou optar por alguns caminhos é essencial para que possamos fazer boas escolhas em pouco tempo. Mas será que sempre podemos confiar no que ela fala?

Como a intuição funciona?

De forma resumida, o cérebro humano possui uma série de mecanismos associativos que trabalham em grande velocidade. Essas associações rápidas e inconscientes estão na base da nossa compreensão sobre como funciona o processo intuitivo, que nos ajuda a encontrar soluções por meio da junção de ideias que já estão na nossa cabeça.

Por exemplo: vamos imaginar que você teve uma experiência muito ruim na infância com uma colega da escola que era loira e tinha determinadas características físicas. Esse trauma fica registrado na sua cabeça e, já na idade adulta, ao conhecer uma pessoa que lembre essa antiga inimizade, pode ter a sensação de que vocês não vão se dar bem.

Essa é uma consequência ruim de escutar apenas a sua intuição, pois seguir exclusivamente as primeiras impressões a respeito de alguém pode impedi-lo(la) de fazer uma nova amizade, por exemplo. Porém, essa voz mental pode evitar que você se coloque em situações difíceis, como relacionamentos abusivos e trabalhos tóxicos, pois identifica padrões anteriores que servem de alerta para você tomar decisões mais acertadas.

Assim, é certo dizer que os “atalhos” usados pela nossa mente nem sempre geram os melhores resultados, contudo, também nos permitem ter uma maior proteção contra dificuldades que já vivemos no passado. A intuição é igualmente útil em situações em que temos uma ampla base de informações e sem tempo hábil para analisá-las, oferecendo respostas rápidas.

De que forma posso usar a minha capacidade intuitiva ao meu favor?

Conforme vimos no tópico anterior, as nossas tendências internas possuem tantos prós quanto contras. Para que elas sejam mais aliadas do que inimigas, é essencial:

– Entender que esse processo jamais está livre da influência de contextos culturais, preconceitos e emoções irracionais, daí a importância de questionar-se sempre que perceber essas intervenções;

– Investir em autoconhecimento para aumentar a sabedoria e compreensão da sua voz interior;

– Exercitar a sua observação do mundo e das pessoas de forma a chegar a conclusões mais assertivas, já que você está alimentando seu repertório interno;

– Observar mais o próprio comportamento, suas escolhas e motivações, para quebrar padrões que não estejam fazendo bem para a sua saúde física e mental;

– Aceitar suas emoções negativas, pois negá-las ou tentar escondê-las pode comprometer o seu potencial intuitivo.

Melhorar a nossa intuição é um desafio contínuo e que exige bastante reflexão e mergulhos em nós mesmos(as). Caso precise de ajuda com isso, não deixe de buscar orientação especializada de um psicólogo.

Estou à disposição: (19) 99641-5553 / (22) 98847-4715.