Existem diversos tipos de ansiedade que podem acometer crianças, adolescentes e adultos, sendo que o Transtorno de Ansiedade de Separação (TAS) é um dos mais comuns entre a população mais jovem.
Esse distúrbio é caracterizado por um medo intenso gerado pelo afastamento de pessoas com quem se tem um forte vínculo, sobretudo mães e pais, ainda que por períodos curtos. A prevalência dessa insegurança excessiva acontece principalmente até os 12 anos, tornando-se menos frequente na adolescência.
Confira, a seguir, mais informações importantes que vale a pena conhecer sobre essa condição.
Quais são as causas que podem gerar a ansiedade de separação?
Existem dois fatores principais que podem influenciar no aparecimento do TAS, ainda que não sejam determinantes.
O primeiro é a predisposição genética à ansiedade, ou seja, a prevalência dessa doença em outros membros da família. E o segundo é a criação dos pequenos em ambientes superprotetores, nos quais seus desejos são sempre prontamente atendidos e com pouco espaço para o desenvolvimento da resiliência frente aos sentimentos negativos.
Outras causas relevantes que podem ser levadas em consideração são:
- Divórcio dos pais;
- Falecimento de pessoa próxima ou de um animal de estimação;
- Mudança de casa;
- Troca de escola;
- Internação em hospital.
Distúrbios como esse dificilmente possuem um único motivo, portanto, todos esses itens precisam ser avaliados com calma pelo profissional que vai acompanhar as crianças na superação do transtorno. Mas vou falar melhor sobre isso em breve.
E quais os sintomas que vale a pena prestar atenção?
É totalmente comum que os pequenos se sintam inseguros quando precisam ficar longe dos pais, principalmente se não é algo que estão acostumados.
O problema é quando esse medo se torna algo excessivo, prejudicando a sua qualidade de vida e gerando sintomas, como:
- Choro descontrolado;
- Comportamento violento;
- Recusa a ir à escola;
- Implorar para que os pais não saiam;
- Rejeitar atividades que precisem realizar sozinhos, ainda que tenham vontade;
- Dificuldade para dormir;
- Dores de barriga e náuseas.
Todos esses itens servem de alerta para que os responsáveis busquem ajuda especializada o quanto antes.
Existe tratamento para a ansiedade de separação?
A resposta é sim, e esse processo envolve não só o acompanhamento com um profissional especialista em atendimento infantil, mas também o envolvimento dos pais em mostrar cada vez mais aos seus filhos que a separação não precisa ser motivo de sofrimento.
Deixar que as crianças que já sabem engatinhar e andar explorem os ambientes sozinhas (ainda que com supervisão de longe), brincar de esconde-esconde e incentivar que elas façam tarefas simples com autonomia são algumas das possibilidades que podem ser testadas para ajudar a superarem os seus temores.
O psicólogo também poderá ajudar com outras estratégias que contribuem para que os pequenos lidem cada vez melhor com os seus sentimentos.
Em casos muito graves, o psiquiatra pode receitar medicamentos que atenuem a ansiedade, mas estes só devem ser consumidos mediante recomendações médicas.
Em caso de dúvidas específicas sobre TAS, estou à disposição: (19) 99641-5553 / (22) 98847-4715.