Medicamentos psiquiátricos: respondendo a dúvidas comuns

Medicamentos psiquiátricos: respondendo a dúvidas comuns

  • 20 abril, 2023
  • Katia Silene

Os medicamentos psiquiátricos são um assunto que ainda geram muitas dúvidas. Afinal, quando eles realmente são necessários? Quem toma vai depender deles para o resto da vida? Eles viciam?

Antes de tudo, é importante entender que os transtornos psiquiátricos são doenças que causam efeitos para a saúde não só da mente, mas também do corpo, e, assim como outras enfermidades, dependendo da gravidade, necessitam da remédios para melhorar. É o caso, por exemplo, de ansiedade e depressão, condições que prejudicam o sono, o apetite, a memória, os batimentos cardíacos e até mesmo o funcionamento do aparelho respiratório.

Dito isso, vou responder, a seguir, a algumas perguntas comuns sobre essa pauta. Confira:

Quando os medicamentos psiquiátricos são prescritos para os pacientes?

No geral, as doenças mentais provocam alterações nas substâncias produzidas pelos neurônios e que transmitem informações ao corpo, entre elas, noradrenalina, dopamina e serotonina.

Esse desequilíbrio causa inúmeros prejuízos para o organismo e, portanto, faz-se necessário o uso de remédios específicos, que devem prescritos apenas por psiquiatras. É este o especialista apto para identificar quando os transtornos estão causando impactos mais profundos na vida dos pacientes, colocando-a, inclusive, em risco.

Em muitos casos, essas pessoas já fazem acompanhamento com psicólogos. Quando identificam que a terapia por si só não está mais sendo suficiente para ajudar o indivíduo em questão, esses profissionais recomendam que se busque orientação médica.

Contudo, vale ressaltar que esses pacientes não serão tratados apenas com medicamentos. A abordagem é multidisciplinar e inclui a atuação em conjunto do terapeuta e do psiquiatra.

Os medicamentos psiquiátricos precisam ser usados para sempre?

Depende da situação. Em alguns casos, a medicação será necessária durante um período determinado e poderá ser gradualmente reduzida conforme a pessoa se sente melhor e o funcionamento do organismo volta a ficar regulado. Em outros, o paciente pode precisar tomar remédios por mais tempo ou mesmo para o resto da vida.

Tipo de transtorno mental, grau de adesão do indivíduo ao tratamento, rede de apoio e o ambiente onde se vive são alguns fatores que podem influenciar nessa decisão. O importante é seguir o que está sendo orientado pelo médico de confiança.

Os medicamentos podem viciar?

Medicações antidepressivas, estabilizadores de humor e neurolépticos, diferentemente dos calmantes, não causam dependência química. Afinal, o objetivo não é dopar o paciente, mas controlar os sintomas das enfermidades, potencializando o seu bem-estar e a sua disposição para seguir sua rotina com saúde.

Ainda assim, vale um alerta: quando a pessoa abandona o tratamento e depois volta a tomar os remédios sem orientação, essa situação pode elevar o risco de tolerância devido ao agravamento do quadro psiquiátrico, prejudicando o equilíbrio físico e mental. Por isso,  o alerta de não se automedicar é sempre válido.

Lembre-se: você pode viver bem mesmo convivendo com uma doença mental. O importante é jamais ignorar os sintomas e procurar ajuda, sem medo ou vergonha.

Espero ter clarificado um pouco mais as informações relacionadas a esse assunto. Em caso de dúvidas, estou à disposição: (19) 99641-5553 / (22) 98847-4715.

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