A preocupação e a ansiedade frente a determinadas situações da vida é algo totalmente natural. Estranho seria se não acessássemos esses sentimentos ao fazer uma entrevista de emprego ou prestar o vestibular, por exemplo.
O problema é quando essas duas palavras se tornam companheiras constantes, inclusive com a sua intensidade aumentada para além do que seria necessário em alguns momentos. Esses exageros são típicos do chamado “comportamento neurótico”.
Vamos entender mais sobre esse assunto a seguir.
O que é exatamente o comportamento neurótico?
Na psicologia, esse termo é usado para caracterizar as intensas e incontroláveis respostas físicas e emocionais ao estresse e aos fatores considerados ameaçadores pela pessoa em questão. Normalmente, costumam causar perturbações psicológicas principalmente por virem acompanhadas de outras emoções, como irritabilidade, nervosismo e frustração.
Os indivíduos neuróticos interpretam a realidade como todo mundo (o que os diferencia, por exemplo, dos psicóticos, que possuem uma percepção muito diferente do resto da sociedade), contudo, possuem reações incomuns aos acontecimentos, podendo ser considerados “exagerados” por amigos ou familiares.
Vou dar um exemplo para facilitar a compreensão. É normal que você se preocupe em terminar um projeto importante do trabalho até o prazo estipulado. Contudo, no caso das pessoas neuróticas, esse fato causa uma grande ansiedade e as faz acreditar que elas nunca conseguirão finalizar as tarefas a tempo, ainda que o deadline esteja a semanas ou meses de distância. Essa preocupação excessiva atrapalha a sua produtividade e, consequentemente, o resultado que vão entregar.
Como essas atitudes são incontroláveis, elas causam uma grande dificuldade para aproveitar as experiências diárias, já que o indivíduo vive um ciclo de respostas incondizentes com o tamanho dos desafios que enfrenta no dia a dia e de consequentes culpa e frustração por suas explosões inapropriadas. É bastante comum, por exemplo, que, após um obstáculo passar, ele pense algo como “deu tudo certo, não deveria ter me angustiado tanto”.
De onde vem o comportamento neurótico?
De forma geral, os estudiosos sobre esse assunto acreditam que existem duas causas possíveis: psicogênicas e biológicas.
A primeira está relacionada à incapacidade de uma pessoa de lidar adequadamente com o estresse, algo consolidado ao longo do desenvolvimento da personalidade. Estímulos fortes no ambiente, como trabalho corrido, questões de saúde e crises financeiras, também podem contribuir.
Já a segunda está associada a uma alteração na produção de substâncias responsáveis pelo funcionamento do sistema nervoso central, o que também pode gerar a neurose.
É possível tratar o comportamento neurótico?
A resposta é sim! Inclusive, quanto mais cedo o atendimento psicológico for iniciado, mais rápido os pacientes neuróticos conseguem administrar suas reações e viver e se relacionar com mais qualidade.
O tratamento das neuroses geralmente alia psicoterapia a medicamentos psiquiátricos, e estes só são necessários quando é preciso amenizar os sintomas que estão mais latentes e que impedem a pessoa até de conversar durante as sessões com o psicólogo.
Assim, caso você sinta que a sua preocupação intensa está prejudicando o seu dia a dia, não hesite em procurar apoio especializado o quanto antes. Estou à disposição: (19) 99641-5553 / (22) 98847-4715.