Você já passou pela situação de ficar com algo na cabeça que, por mais que você tente esquecer, insiste em voltar de forma constante, gerando uma angústia muito grande?
Se sim, provavelmente você está recebendo a visita dos chamados pensamentos ruminantes, aqueles que ficam mais tempo do que deveriam e costumam ser bastante negativos, com características obsessivas. Vamos entender mais sobre eles a seguir.
De onde vem esse tipo de pensamento?
De forma geral, eles podem ser desencadeados quando deparamos com algo que aconteceu de modo diferente do que estávamos esperando e/ou que está muito discrepante do que estamos acostumados.
É por isso que possuem uma ligação com o chamado Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), que tem forte vínculo com o perfeccionismo e a noção de que tudo tem de ser do jeito que a pessoa imagina. São essas crenças de “precisa ser” ou “deve ser” que dão origem aos pensamentos ruminantes, afinal, a mente fica tentando encontrar soluções para situações que fogem do que gostaríamos, ainda que essas saídas não existam.
Aqui, vale ressaltar que esse tipo de confusão mental é algo bastante comum, já que não é sempre que temos controle do que acontece dentro da nossa cabeça. O problema nasce quando perdemos muito tempo com essa repetição constante de lembranças, que acaba prejudicando nossa concentração, produtividade e as atividades diárias porque não conseguimos desviar a atenção para outras coisas.
Nesses casos, entramos em um ciclo que funciona mais ou menos assim:
– Somos visitados por pensamentos negativos.
– Isso gera sensações físicas também negativas.
– Essas sensações causam comportamentos disfuncionais, como afastamento dos amigos e familiares devido ao cansaço mental.
– Os comportamentos disfuncionais trazem pensamentos negativos.
– O ciclo se repete.
No meio disso tudo, podemos ficar mais ansiosos e estressados, afinal, estamos reféns da nossa próxima mente, presos em uma ruminação que parece nunca ter fim.
É possível diminuir os pensamentos ruminantes?
Existem, sim, maneiras de se livrar desse problema, sendo que o primeiro passo é não se deixar levar pelo “ciclo ruminativo”, buscando a aceitação dos pensamentos de maneira aberta e sem colocar intenções esquivas.
Isso significa olhar para esses “intrusos” com curiosidade, entendendo de onde eles vêm e sem brigar ou diminuir aquilo que você está sentindo. Com o tempo, é natural que eles percam a força até desaparecerem por completo.
Outro método que ajuda bastante é fazer exercícios físicos, sobretudo aqueles que exijam bastante concentração, como pilates, yoga ou alguma dança, desviando a sua cabeça para o presente e longe daquilo que gera emoções negativas. Praticar mindfulness também é uma ideia interessante.
Caso você perceba que a situação não está melhorando, a saída mais adequada é procurar a ajuda de um psicólogo. Apenas esse profissional poderá orientá-lo(la) na compreensão de onde estão vindo essas sensações e como você pode lidar com elas sob novas perspectivas.
O mais importante é que você se sinta bem e livre dentro da sua própria mente, combinado? Em caso de dúvidas, estou à disposição.