Se a ansiedade excessiva é um problema que está afetando cada vez mais pessoas ao redor do mundo, uma grande parte desse número é formado por adolescentes. Afinal, se essa já é uma fase difícil por si só, recheada de conflitos internos e diversas descobertas sobre si mesmo e sobre o mundo, imagina para os jovens que possuem algum tipo de predisposição para desenvolverem esse transtorno.

Apesar de ser algo bastante comum, dificilmente os pais percebem que seus filhos estão precisando de ajuda, já que os comportamentos ansiosos podem ser facilmente confundidos com aqueles típicos de adolescentes. Pensando nisso, preparei este artigo com algumas das informações mais relevantes relacionadas a esse assunto para que possamos cuidar cada vez melhor daqueles que estão sofrendo uma angústia interna muito grande.

Quais são os sintomas mais comuns de ansiedade na adolescência?

Como esse período da vida marca a transição entre a infância e a vida adulta, ele vem acompanhado de uma série de questões, como necessidade de pertencer a um grupo e de ser aceito pelo próximo; primeiros relacionamentos amorosos; pensamentos em relação ao futuro; e pressão das novas responsabilidades que começam a aparecer. Portanto, é natural que essas situações gerem ansiedade nos jovens.

O problema é quando eles não conseguem lidar muito bem com tudo o que está acontecendo e apresentam sinais de alerta, entre eles:

– Preocupação constante com o que está por vir.

– Dificuldade nos relacionamentos sociais.

– Falta de vontade de desenvolver novos hobbies.

– Problemas alimentares, como falta ou excesso de apetite.

– Fadiga, insônia ou dormir em excesso.

– Baixa autoestima.

– Dificuldade de concentração.

– Impaciência e irritabilidade.

– Isolamento.

Quando se prolongam por muito tempo, esses sintomas podem indicar que o adolescente está com problemas para organizar seus pensamentos e sentimentos, precisando de ajuda especializada.

Como é feito o tratamento?

A primeira medida a ser tomada pelos responsáveis é levar o jovem em uma consulta com um psicólogo. Somente esse profissional será capaz de identificar a seriedade do quadro e, se necessário, encaminhar o paciente para um psiquiatra para a introdução de medicamentos temporários, que serão importantes para reestabelecer o equilíbrio químico do cérebro.

Em casos mais leves, o indicado é que, além da terapia, os adolescentes estejam mais próximos de seus pais, podendo contar com seu apoio para passar por essa fase da melhor forma possível. Além disso, é bastante recomendado que eles:

– Comecem a praticar algum esporte que gostem, o que libera endorfina e contribui com o bem-estar físico e emocional.

– Tenham ao seu redor pessoas com quem possam conversar e desabafar sobre aquilo que estão sentindo.

– Encontrem uma forma de se expressar, seja a escrita, o desenho, a dança ou algum instrumento musical, por exemplo.

– Passeiem com seus amigos e tenham tempo de qualidade com as pessoas que amam.

O mais importante é que eles saibam que não estão sozinhos e que recuperem a fé em si mesmos de superar qualquer desafio que apareça em suas vidas.

Se você conhece alguém que está precisando de acompanhamento especializado, estou à disposição!