O que são gatilhos mentais e como podemos lidar com eles?

O que são gatilhos mentais e como podemos lidar com eles?

  • 21 outubro, 2021
  • Katia Silene

Você provavelmente já ouviu uma pessoa falar que algo ou alguém é um “gatilho” para ela. Essa é uma expressão bastante comum quando estamos conversando sobre situações e pessoas que podem desencadear uma série de pensamentos e sentimentos negativos em nós.

Contudo, você sabia que os chamados gatilhos emocionais são um assunto muito mais complexo e relacionados a acontecimentos que vivemos no passado?

Continue lendo este artigo para entender melhor.

Antes de qualquer coisa, o que são os gatilhos mentais? 

Trata-se de respostas mentais que envolvem emoções, pensamentos e comportamentos específicos e conectados principalmente a experiências passadas. Os gatilhos, inclusive, podem ser tanto negativos quanto positivos, mas necessariamente remetem a momentos que já aconteceram.

Estes podem nos acompanhar ao longo da vida porque nasceram em períodos nos quais não tínhamos recursos emocionais suficientes para lidar com certos fatos, como quando éramos crianças e ainda estávamos a compreender o mundo a nossa volta.

Também é importante entender que muita coisa pode gerar esse tipo de resposta, desde cheiros até cores, atitudes, gestos, lugares e, claro, pessoas. Por isso que os gatilhos mentais não são nem um pouco idênticos para todos: são extremamente particulares e, muitas vezes, difíceis de detectar.

Quais são os sintomas mais comuns que uma pessoa que possua um gatilho mental apresenta?

São várias as manifestações possíveis, sendo as mais comuns: perda de controle, crises de pânico, medo, desespero, estresse, sensações de culpa ou inferioridade, flashbacks de determinadas situações e problemas de autoestima.

Essas emoções e sentimentos podem aparecer até mesmo durante uma simples conversa com um amigo, já que algumas coisas que ele disse desencadearam esses tipos de respostas e você se sentiu mal sem nem saber direito por quê.

E como eu posso lidar com esses gatilhos de uma forma mais saudável?

O primeiro passo é, com certeza, identificar essas suas respostas mentais automáticas. A terapia oferece uma grande ajuda nesse sentido, mas você também pode se observar com mais calma e dialogar consigo mesmo quando um sentimento ou uma emoção negativa aparecer sem causa aparente.

Pergunte-se: o que eu estava fazendo? O que eu pensei? Com quem eu estava? O que essa pessoa falou? Que atitude eu tomei?

Se necessário, anote em um caderno que tipo de coisas despertam os gatilhos em você, para que entenda melhor de onde eles nascem e como pode, dentro do possível, evitá-los.

Depois disso, outras orientações importantes são:

Não ser tão duro(a) com você mesmo(a): essas respostas automáticas são inevitáveis em algumas situações, então, em vez de se culpar, busque utilizá-las como uma oportunidade para se autoconhecer melhor, identificando e compreendendo a maneira como certos fatos o(a) afetam.

Descubra o que o(a) ajuda a aliviar as sensações ruins dos gatilhos: meditar, ouvir uma música, assistir a uma série ou até mesmo dar uma volta a pé pelo seu bairro podem ser atitudes que auxiliam a afastar a sua mente dos sentimentos ruins que as respostas desencadearam em você.

Seja o mais sincero(a) possível na sua terapia: ainda que você sinta vergonha de admitir que uma determinada coisa ou pessoa seja um gatilho, é só conversando sobre isso com um profissional que você poderá lidar cada vez melhor com ele.

Ficou com alguma dúvida? Entre em contato comigo!

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