Pessoas que convivem com doenças crônicas sabem que conquistar qualidade de vida vai muito além do manejo dos sintomas físicos.
Afinal, o impacto emocional de um diagnóstico duradouro como esse pode afetar profundamente o bem-estar psicológico e os relacionamentos de uma pessoa. É nesse contexto que a psicoterapia se torna uma aliada essencial.
Vamos conversar mais sobre isso neste artigo especial.
Como se definem as doenças crônicas?
São enfermidades que não possuem cura e acompanham os pacientes por um longo período – na maioria dos casos, para o resto da vida. Exemplos comuns incluem diabetes, hipertensão, doenças autoimunes, esclerose múltipla, doença renal lúpus e fibromialgia, entre outras.
São condições que exigem acompanhamento médico constante, administração de medicamentos, mudanças no estilo de vida e, muitas vezes, uma adaptação emocional significativa.
Qual o impacto dessas doenças para a saúde mental dos pacientes?
Normalmente, receber o diagnóstico de uma enfermidade crônica pode provocar uma série de reações emocionais, entre elas: choque, negação, tristeza, medo, raiva e culpa.
Sem falar que o tratamento contínuo, as limitações impostas e as alterações na rotina podem gerar frustração, afetar a autoestima e até mesmo levar a quadros de ansiedade e depressão.
Também é comum que as pessoas se sintam incompreendidas, isoladas ou sobrecarregadas, especialmente quando a doença não é visível e/ou quando os outros ao redor tendem a minimizar o sofrimento.
De que forma a psicoterapia pode ser uma aliada?
No meio de todo o caos descrito no item anterior, a psicoterapia oferece um espaço seguro, empático e livre de julgamentos para que o paciente possa lidar com seu diagnóstico com mais leveza e maturidade, elaborar seus sentimentos e desenvolver estratégias de enfrentamento.
Outros benefícios incluem:
- Apoio emocional contínuo, já que o acompanhamento psicológico ajuda o paciente a lidar com os altos e baixos do tratamento e do convívio com a doença;
- Redução da ansiedade e da depressão, auxiliando no manejo de emoções difíceis que costumam surgir diante da incerteza, da dor ou da sensação de impotência;
- Fortalecimento da autoestima, resgatando a autoconfiança e o senso de identidade;
- Melhora na adesão ao tratamento, pois as pessoas que entendem melhor seu processo emocional tendem a cuidar mais da própria saúde e a seguir com mais consistência os cuidados médicos; e
- Desenvolvimento de recursos internos, como resiliência, autonomia e novas formas de lidar com os desafios.
Vale lembrar que esse tipo de acompanhamento também pode se estender a familiares e cuidadores, que aprendem como lidar com o cansaço emocional, a sobrecarga e o sentimento de impotência que podem aparecer, promovendo relações mais saudáveis e empáticas.
Conviver com uma doença crônica é um desafio considerável, exigindo força, paciência e adaptação. Nessa jornada, a psicoterapia está aqui para resgatar o sentido da vida, cultivar o autocuidado e encontrar caminhos mais leves e saudáveis para conviver com a condição.
Nunca hesite em pedir ajuda!